17 de setembro de 2012

Diamante Passionista


 

Diamante de primeira 
 




Há vinte anos passados
Parece que foi ontem
Batíamos palmas
Elevávamos a alma.

Era uma festa áurea
ouro do melhor quilate,
uma mina,
que se tornava mística realidade.

 
Mas o que ninguém sabia
é que ali existia
algo mais,
uma outra preciosidade
da maior e mais rara qualidade,
que carecia ser descoberta
pelo tempo e pela fidelidade.


Deus o Senhor do tempo,
se fez tempo presente.
A irmã Julieta entrou
com a perseverança e a fidelidade.


Aqui estamos, hoje
setenta anos de vida cristã católica.
Mais que isso,
dedicação exclusiva para Deus.


A nossa querida Irmã Julieta
dedicou e vivenciou
com exclusividade
à perfeição de vida cristã
na Congregação das Irmãs Passionistas
de São Paulo da Cruz:

Uma vida - potencializa em Cristo,
plenificada de Cristo,
desfrutada em Cristo.

Querida irmã Julieta,
no decorrer destes setenta anos
Deus te pediu um pouco de tudo:

Primeiro,
Te concedeu alegrias impares, 
te carregou no colo.

Depois
Te pediu que renunciasse até a própria vontade,
pelo voto de obediência.

Te pediu te fizesse pobre
como aqueles que nada possuem.
Absolutamente nada.

Te pediu a integridade total e absoluta
do teu ser,
dos afetos e querências.
do teu coração de mulher.

Te pediu que abraçasse a tua própria cruz
e que o seguisse
que trilhasse nas pegadas d’Ele
subindo o monte da vida.

Estás a caminho.  
Hoje celebramos setenta anos
de vida em plenitude
porque plenificada
em Deus para Deus.
 

Querida irmã, vemos em você
um exemplo de perseverança e fidelidade
na “palavra/juramento”
empenhados para com Deus,
ainda na juventude, 
com apenas 18 anos, aproximadamente.
 

Que maravilha!
Que correspondência ao chamado divino:
A nem todos é dado a entender.

O diamante encoberto 
agora está a descoberto e lapidado.
Brilha e reluz,
encanta e seduz.

 

Testemunha o valor
de uma vida humana
caminhada lado a lado
com o divino Esposo.
Primeiro vai vende tudo o que tens
Dá-o aos pobres
Depois vem e segue-me

É a perfeição da vida Cristã
despojada de tudo e de todos
para poder absorver na plenitude
a vida em abundância, do alto,
que transcende e,
que nos identifica como filhos de Deus.


Querida irmã,
filha querida e amada por Deus
e pelos que a conhecem melhor, também.

 

Agrademos a Deus 
por nos ter dado você
e te parabenizamos porque
soubestes no teu dia-a-dia,
a exemplo de Maria,
responder sempre a Deus 
com um sim, fiat, faça-se.

 

A todos e
a cada um dos pedidos divinos,
mesmo sem apreender na sua amplitude
a total  abrangência da palavra empenhada
dissestes sim!.

 

Irmã Julieta muito obrigada,
Parabéns!
Você é um testemunho vivo
de fé fidelidade e perseverança 
na perfeição da vida cristã e Passionista.

Tremembé da Cantareira - São Paulo 14 de setembro de 2012

 

Nós que viemos de longe, parentes a amigos,
somados aos que vieram de não tão longe,
mais aqueles que residem com você 
te abraçamos. te parabenizamos
e desejamos o cêntuplo.

Anadir D’Agostin

 

 

22 de maio de 2012

Silencio e Palavra




«Silêncio e palavra: caminho de vida»



Mensagem do Papa Bento XVI para o 46º dia das Comunicações Xociais



A relação entre silêncio e palavra: dois momentos da comunicação que se devem equilibrar, alternar e integrar entre si para se obter um diálogo autêntico e uma união profunda entre as pessoas.


Quando palavra e silêncio se excluem mutuamente, a comunicação deteriora-se, porque provoca um certo aturdimento ou, no caso contrário, cria um clima de indiferença; quando, porém se integram reciprocamente, a comunicação ganha valor e significado.


O silêncio é parte integrante da comunicação e, sem ele, não há palavras densas de conteúdo.

{  No silêncio, escutamo-nos e conhecemo-nos melhor a nós mesmos,

{  nasce e aprofunda-se o pensamento,

{  compreendemos com maior clareza o que queremos dizer ou aquilo que ouvimos do outro,

{  discernimos como nos exprimir.


Calando, permite-se à outra pessoa que fale e se exprima a si mesma, e permite-nos a nós não ficarmos presos, por falta da adequada confrontação, às nossas palavras e idéias.

{  Deste modo abre-se um espaço de escuta recíproca e torna-se possível uma relação humana mais plena.


É no silêncio, por exemplo, que se identificam os momentos mais autênticos da comunicação entre aqueles que se amam:

{  o gesto, a expressão do rosto, o corpo enquanto sinais que manifestam a pessoa.


No silêncio, falam a alegria, as preocupações, o sofrimento, que encontram, precisamente nele, uma forma particularmente intensa de expressão.

{  Por isso, do silêncio, deriva uma comunicação exigente, que faz apelo à sensibilidade e àquela capacidade de escuta que frequentemente revela a medida e a natureza dos laços.


Quando as mensagens e a informação são abundantes, torna-se essencial o silêncio para discernir o que é importante daquilo que é inútil ou acessório.


Uma reflexão profunda ajuda-nos a descobrir a relação existente entre acontecimentos que, à primeira vista, pareciam não ter ligação entre si, a avaliar e analisar as mensagens;

{  e isto faz com que se possam compartilhar opiniões ponderadas e pertinentes, gerando um conhecimento comum autêntico.

{  Por isso é necessário criar um ambiente propício, quase uma espécie de «ecossistema» capaz de equilibrar silêncio, palavra, imagens e sons.


Grande parte da dinâmica atual da comunicação é feita por perguntas à procura de respostas.


Os motores de pesquisa e as redes sociais são o ponto de partida da comunicação para muitas pessoas, que procuram conselhos, sugestões, informações, respostas.


Nos nossos dias, a Rede vai-se tornando cada vez mais o lugar das perguntas e das respostas; mais, o homem de hoje vê-se, frequentemente, bombardeado por respostas a questões que nunca se pôs e a necessidades que não sente.


O silêncio é precioso para favorecer o necessário discernimento entre os inúmeros estímulos e as muitas respostas que recebemos, justamente para identificar e focalizar as perguntas verdadeiramente importantes.

{  Entretanto, neste mundo complexo e diversificado da comunicação, aflora a preocupação de muitos pelas questões últimas da existência humana:

{  Quem sou eu? Que posso saber? Que devo fazer? Que posso esperar?


É importante acolher as pessoas que se põem estas questões, criando a possibilidade de um diálogo profundo, feito não só de palavra e confrontação, mas também de convite à reflexão e ao silêncio, que às vezes pode ser mais eloquente do que uma resposta apressada, permitindo a quem se interroga descer até ao mais fundo de si mesmo e abrir-se para aquele caminho de resposta que Deus inscreveu no coração do homem.

{  No fundo, este fluxo incessante de perguntas manifesta a inquietação do ser humano, sempre à procura de verdades, pequenas ou grandes, que dêem sentido e esperança à existência.


O homem não se pode contentar com uma simples e tolerante troca de cépticas opiniões e experiências de vida:

{  todos somos perscrutadores da verdade e compartilhamos este profundo anseio, sobretudo neste nosso tempo em que, «quando as pessoas trocam informações, estão já a partilhar-se a si mesmas, a sua visão do mundo, as suas esperanças, os seus ideais»


Devemos olhar com interesse para as várias formas de aplicações e redes sociais que possam ajudar o homem atual não só a viver momentos de reflexão e de busca verdadeira, mas também a encontrar espaços de silêncio, ocasiões de oração, meditação ou partilha da Palavra de Deus.


Na sua essencialidade, breves mensagens – muitas vezes limitadas a um só versículo bíblico – podem exprimir pensamentos profundos, se cada um não descuidar o cultivo da sua própria interioridade.


Não há que surpreender-se se, nas diversas tradições religiosas, a solidão e o silêncio constituem espaços privilegiados para ajudar as pessoas a encontrar-se a si mesmas e àquela Verdade que dá sentido a todas as coisas.


O Deus da revelação bíblica fala também sem palavras:

{  «Como mostra a cruz de Cristo, Deus fala também por meio do seu silêncio.

{  O silêncio de Deus, a experiência da distância do Omnipotente e Pai é etapa decisiva no caminho terreno do Filho de Deus, Palavra Encarnada.


O silêncio de Deus prolonga as suas palavras anteriores. Nestes momentos obscuros, Ele fala no mistério do seu silêncio».

{  No silêncio da Cruz, fala a eloquência do amor de Deus vivido até ao dom supremo.

{  Depois da morte de Cristo, a terra permanece em silêncio e, no Sábado Santo – quando «o Rei dorme, e Deus adormeceu segundo a carne e despertou os que dormiam há séculos» – ressoa a voz de Deus cheia de amor pela humanidade.


Se Deus fala ao homem mesmo no silêncio, também o homem descobre no silêncio a possibilidade de falar com Deus e de Deus.

{  «Temos necessidade daquele silêncio que se torna contemplação, que nos faz entrar no silêncio de Deus e assim chegar ao ponto onde nasce a Palavra, a Palavra redentora»


Quando falamos da grandeza de Deus, a nossa linguagem revela-se sempre inadequada e, deste modo, abre-se o espaço da contemplação silenciosa.

Desta contemplação nasce, em toda a sua força interior, a urgência da missão, a necessidade imperiosa de «anunciar o que vimos e ouvimos», a fim de que todos estejam em comunhão com Deus (cf. 1 Jo 1, 3).

{  A contemplação silenciosa faz-nos mergulhar na fonte do Amor, que nos guia ao encontro do nosso próximo, para sentirmos o seu sofrimento e lhe oferecermos a luz de Cristo, a sua Mensagem de vida, o seu dom de amor total que salva.

{  Depois, na contemplação silenciosa, surge ainda mais forte aquela Palavra eterna pela qual o mundo foi feito, e identifica-se aquele desígnio de salvação que Deus realiza, por palavras e gestos, em toda a história da humanidade.


Como recorda o Concílio Vaticano II, a Revelação divina realiza-se por meio de «ações e palavras intimamente relacionadas entre si, de tal modo que as obras, realizadas por Deus na história da salvação, manifestam e confirmam a doutrina e as realidades significadas pelas palavras; e as palavras, por sua vez, declaram as obras e esclarecem o mistério nelas contido» .

{  E tal desígnio de salvação culmina na pessoa de Jesus de Nazaré, mediador e plenitude da toda a Revelação.

{  Foi Ele que nos deu a conhecer o verdadeiro Rosto de Deus Pai e, com a sua Cruz e Ressurreição, nos fez passar da escravidão do pecado e da morte para a liberdade dos filhos de Deus.


A questão fundamental sobre o sentido do homem encontra a resposta capaz de pacificar a inquietação do coração humano no Mistério de Cristo.

{  É deste Mistério que nasce a missão da Igreja, e é este Mistério que impele os cristãos a tornarem-se anunciadores de esperança e salvação, testemunhas daquele amor que promove a dignidade do homem e constrói a justiça e a paz.


Palavra e silêncio. Educar-se em comunicação quer dizer aprender a escutar, a contemplar, para além de falar; e isto é particularmente importante paras os agentes da evangelização:

silêncio e palavra são ambos elementos essenciais e integrantes da ação comunicativa da Igreja para um renovado anúncio de Jesus Cristo no mundo contemporâneo.


A Maria, cujo silêncio «escuta e faz florescer a Palavra» confio toda a obra de evangelização que a Igreja realiza através dos meios de comunicação social.




15 de março de 2012

Psicologia saúde e vida


Psicologia saúde e vida



A Psicologia nos leva para dentro da alma, onde nascem os pensamentos e onde nascem os processos do comportamento e os processos da intenção de nossas intenções.

Vamos aprofundar para poder entender porque Cristo é o maior Psicólogo da humanidade.

Os processos do comportamento podem ser abertos ou fechados.

 Abertos — são aqueles processos de comportamento que todo mundo vê — visíveis a todos — São comportamentos observáveis: A maneira de falar, a maneira de comer, de rezar, a cor do cabelo, a forma de vestir — entre tantas...
 Fechados — em contraste os comportamentos fechados são aqueles que não são visíveis — invisíveis a olho nu — como, por exemplo — a bondade, a felicidade, tristeza, raiva, ciúme, dureza de coração, a misericórdia do coração.



Jesus Cristo englobando comportamentos “abertos ou visíveis” e “fechados ou invisíveis” disse a todos com simplicidade e segura assertividade, já antecipando a solução rumo ao entendimento:

Com as mesmas medidas com que medirdes sereis medidos;
Perdoai setenta vezes sete;
Tome tua cruz e me siga;
Perdoai as nossas dívidas assim como nós perdoamos os nossos devedores
Pai a tua vontade e não a minha;
Quem crer não pereça, mas tenha vida eterna.
Ide por todo mundo, proclamando a boa notícia a toda a humanidade.
Se possível afasta de mim este cálice, mas cumpra-se a tua vontade

— Algumas apenas entre tantas —



Assim o “evangelho inteiro” se constitui: um compêndio de psicologia, um código de saúde e uma fonte de vida.

O Evangelho do amor de Deus pelo homem; O Evangelho da dignidade da pessoa; O Evangelho da vida:

 são um único e indivisível Evangelho —. constitui:
 o mais completo, perfeito, e simples compêndio da profunda psicologia Crística;
 o código mais perfeito para a saúde do corpo da alma e do espírito;
 e o manual a ser seguido nos seus mínimos detalhes para já aqui nesta terra desfrutar da abundância de vida.

A psicologia de Cristo gera a saúde do corpo da alma e do espírito e a psicologia crística e a saúde geram vida em abundância.


Estar doente é deixar de viver aquele espaço de tempo doentio, pois que a doença é o caminho contrário à caminhada da vida. A psicologia de Cristo é o antídoto para a doença e a morte.


— “A vida que Deus oferece ao homem é um dom, pelo qual Deus participa algo de Si mesmo à sua criatura” (Ioannes Paulus PP II).


O evangelho se constitui “o compêndio de Psicologia” porque ninguém melhor que Jesus Cristo falou com tanta simplicidade, sobre as causas e os efeitos, as reações, as emoções e as vibrações da alma humana, dissertou com tanta assertividade, precisão, profundidade — e, numa metodologia simples, praticou uma didática inquestionável.

 “O Evangelho da vida é uma realidade concreta e pessoal, porque consiste no anúncio da própria pessoa de Jesus” (Ioannes Paulus PP II).


Cristo de tão simples, tão assertivo e tão profundo e ao mesmo tempo ao alcance de todos para muitos passou despercebido.

 Tamanha ciência e sabedoria ancoradas na razão e acolhidas pela fé —
 e porque passou despercebida à muitos estes correm atrás de axiomas e novidades de somenos importância - por não experimentarem e o sabor da vida e o gosto de viver da psicologia revelada por Cristo.


Cristo testemunhou a paixão pela vida diante do sofrimento. Aquele que quiser viver terá que carregara a própria cruz.

Pela cruz atingirá à luz humano vivente.
 È o caminho mais seguro, pois que a caminhada certamente vai acabar e,
 então a vida eterna será apenas um começo da eternidade junto de Deus Trindade.


O ser humano se revela em três níveis de precisão: as suas atitudes as suas intenções e as intenções de suas intenções.

O amor extrapola o corpo e toda a matéria para se unir à sua fonte geradora.