19 de março de 2009

O encontro com Jesus Cristo leva à conversão

O encontro com Jesus Cristo vivo leva à conversão.

No Novo testamento, para falar de conversão é utilizada a palavra metanóia, que significa mudança de mentalidade. Não se trata só de um distinto modo de pensar em nível intelectual, mas da revisão à luz dos critérios evangélicos das próprias convicções vitais.

A esse respeito, são Paulo fala de «fé que opera pela caridade» (Gl 5,6).
Gl 5,6 — Sendo de Cristo, não importa estar ou não circucidado; o
que importa é uma fé viva ativada no amor.

Por isso, a autêntica conversão deve ser preparada e cultivada por meio da piedosa leitura da Sagrada Escritura e da prática dos sacramentos da Reconciliação e da Eucaristia.

A conversão leva à comunhão fraterna, porque permite compreender que Cristo é a cabeça da Igreja, seu místico corpo; impele à solidariedade, por conscientizar que o que fazemos pelos demais, mormente pelos mais necessitados, é feito a Cristo.

A conversão favorece, portanto, uma vida nova, na qual não haja separação entre fé e obras na resposta diária ao chamado universal à santidade. É indispensável superar a ruptura entre a fé e a vida, para que realmente se possa falar de conversão.

Com efeito, a presença desta ruptura faz do cristianismo um fato puramente nominal. Para ser verdadeiro discípulo do Senhor, o fiel deve ser testemunha da própria fé e «a testemunha, não só com palavras mas com a própria vida».
veja texto completo em:

12 de março de 2009

Jubileu Aureo de Cecilia Rosa Lovato

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Irmã Cecília Rosa Lovato
comemorou o 50º aniversário
da Profissão Religiosa na Congregação
das Irmãs Passionistas de São Paulo da Cruz.

A família contou com nossa presença à Missa de ação de graças para festejar esse dia jubiloso.
O povo de Deus, nós a igreja de Colombo estamos em festa, por isso aqui reunidos agradecemos a Deus pelo “Jubileu áureo de profissão religiosa” de uma filha desta terra.

Cecília Rosa a quinta filha de uma prole de oito irmãs, é filha de João Batista Lovato Sobrinho e Ângela Arsie – Joanin e Nina, assim eram conhecidos .
Neste templo recebeu a iniciação cristã

Padre Alberto Passionista a marcou com o sinal da cruz; ungiu com o óleo dos eleitos; Com água lavou seu pecado no sangue do cordeiro; A luz de Cristo colocou ao seu alcance pela fé no mesmo Cristo.

Dom Atico Eusébio da Rocha a ungiu com o óleo do crisma.


Completando a iniciação cristã padre Alberto lhe ministrou a primeira Eucaristia, alimento de nossa fé e sustento para a caminhada.



Com saudosa alegria memoramos a infância de Cecília Rosa, não foi difícil, éramos muito unidas, partilhamos das alegrias e dos espinhos juntas.



No “Livro do Berço ao Mundo sob o olhar de Maria”, de autoria de: Anadir D`Agostin, Padre Marcos Leite Azevedo,Cp e Maria Luisa Fiorese fizemos um apanhado de sua auto biografia, assim ela se expressa:


“Passei a minha infância em casa com os meus pais, meu avô paterno e minhas irmãs. Graças a Deus, uma família bem estruturada e com bons princípios religiosos. Papai e mamãe viviam para a família. Dedicados, carinhosos, buscavam com honestidade e sacrifício oferecer-nos o necessário.


Lembro minha infância com muita saudade. Tínhamos tempo para brincar, trabalhar, estudar... Aos domingos, com papai e mamãe, normalmente fazíamos visita aos avós maternos e tios. Tudo era festa!

Mamãe que passava o dia conosco, era a quem nos repreendia e quando necessário dava-nos também umas palmadas. Tenho-a como a mãe perfeita, sem igual.


Papai um homem santo. Quem teve a felicidade de conviver com ele ou conhecê-lo um pouco, pode testemunhar isso. Tenho certeza que ambos vivenciaram com amor aquele texto do evangelho:: Porque tive fome e me destes de comer; tive sede e me destes de beber; era forasteiro e me acolheste; estava nu e me vestistes; adoeci e me visitastes; estava na prisão e fostes ver-me. (Mt 25, 35-40).



Três fatos marcaram a minha infância. Aos seis anos o falecimento de minha irmãzinha e o nascimento da caçula e aos oito um acidente, que meus pais atribuíram a Santa Gema Galgani o milagre de eu ter sido curada.


Sou de uma família católica praticante e meus pais foram "mestres de vida" neste sentido. Rezar o terço a noite, participar da missa aos domingos e dias santos, da catequese, do mês de maio. Terço e missa com o povo da igreja faziam parte de nossa vida.

Particularmente, pertenci a cruzada Eucarística por vários anos e cumpria até com certa fidelidade o lema: "reza, comunga, sacrifica-te, sê apóstola". No final do dia fazia meu exame de consciência e marcava no folhetinho os atos positivos e os negativos também.



Tenho presente uma conversa a noite, em família. Não me lembro sobre que santo fundador papai falava e eu disse: "Acho que vou fundar uma congregação porque quero ser santa". E ele sabiamente retrucou: "Não, eles eram santos e por isso fundaram uma congregação". Essa conversa motivou-me e o pensamento de ser "irmã" voltava com certa freqüência.


Uma pequena estampa com Jesus batendo à porta e eu a apreciava quando uma de minhas irmãs me disse: "Veja Cecília Ele bate em seu coração e você não o abre.” Essa afirmação também me levou a pensar em ser irmã”.


Creio não exagerar ao afirmar que éramos muito felizes, alegres. Uma família serena que vivenciava os valores humanos e cristãos.


Batismo fonte de todas as vocações - e no interior de Cecília Rosa havia um chamado especial – discerniu entrar para o convento - e no dia 31.07.1952 no Educandário Nossa Senhora do Rosário foi recebida por Irmã Filomena Costa que mal consegue esconder as lágrimas ao presenciar a despedia das irmãzinhas.


Mana Cecília Rosa, você deixou muita saudade, você foi sempre uma menina meiga, obediente e, sobretudo humilde. Carinhosa e humana.

Cecília agraciada com uma inteligência brilhante foi estudando e se preparando, então, direcionada para uma potencialização da consagração batismal, ou seja, para vida religiosa conventual.
O convento é o lugar profético no qual a criação se torna louvor de Deus,
e o preceito da caridade, vivido concretamente, se torna ideal de convivência humana,
e onde o ser procura Deus sem barreiras nem impedimentos tornando-se referência para todos, levando-os no coração e ajudando-os a procurar Deus.
E Deus carinhosamente vai traçando a caminhada da jovem Cecília.
Sai da tua terra e vai para terra que eu te mostrar”.
Cecília rumou para Bebedouro, São Paulo. “Que distancia meu Deus” exclama Cecília Rosa.


Na adolescência teve por mestra Irmã Tomazina Costa Bontorin que foi uma verdadeira irmã-mãe.

Em 1957 fez o pré-noviciado, em fevereiro de 1958, fez-se noviça e passou a chamar-se “Irma”. Nós não pudemos ir todos, mas papai e mamãe lá estivaram.

Em 12 de fevereiro de 1959 professou “os primeiros votos religiosos – Eram exatos 50 anos atrás – meio século se passou – motivo deste jubileu.

Quanta festa e grande alegria. A consagração a Deus; a presença de familiares; a festa da congregação.

Agora: Neo professa, religiosa Passionista, nova etapa se iniciando. Neste meio século de existência Irmã Cecília Rosa se destacou, sempre, pela virtude da simplicidade e, nesta simplicidade serviu a Congregação das Irmãs Passionistas da qual se fez membro, residindo em: Colombo, Bebedouro/SP, São Paulo/Capital; Morretes/PR; Brasília/DF; São Roque/SP; Praia Grande/SP; como: - professora; diretora; superiora local; - mestra de noviças por seis anos; (eclodiram palmas) - superiora provincial por 12 anos; (mais palmas) - conselheira provincial por 16 anos. (muitas palmas) Os trabalhos e preocupações não conseguem tirar-lhe a simplicidade, alegria, a serenidade e a paz.

Mulher forte, um espírito repleto de fé e de esperança, de amor. Irmã Cecília Rosa, você foi escolhida para servir a Deus mais de perto, isto é persegui-lo nas pegadas, passo a passo.

Querida irmã, e pelo mundo vais cantando o amor de Deus,
pois escolhida estais para servir ao Senhor Por isso estamos orgulhosos e felizes. Porque você está mais próxima de Deus, sentimo-nos também, mais próximos dEle.

A família Lovato e Arsie sente-se honrada e muito agradecida a Deus por sua expressiva, abençoada e áurea existência. O coral em solo cantou solenemente: E pelo mundo vais cantando o amor de Deus, pois escolhida estais para servir ao Senhor

Todos em grande pompa cantaram

E pelo mundo eu vou cantando o teu amor - pois escolhido estou pra servir-te Senhor.

Deus fez parte da minha historia e caminha ao meu lado com carinho paterno.

Ele me escolheu para seguir mais de perto o seu filho Jesus crucificado e ressuscitado na congregação das irmas passionistas de São Paulo da Cruz. Sou Feliz e agradeço o chamado buscando servir meus irmãos e minhas irmãs, na missão que me foi confiada e onde quer que eu esteja, na certeza que sua graça nunca me faltará e que só Ele dá sentido à vida.



Colombo - Paraná - Brasil - dia 08 de fevereio de 2009

AnadirD`Agostin

Manto crístico

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Manto de Cristo

Pouco se reflete sobre o manto de Cristo. Hoje Ele - o próprio Cristo – no sopro do Espírito Santo incutiu na minha alma.

Foi quando me deu a perceber que naquele dia (10.02.2006...) o dia em que o “(leudes... mandou me expulsar)” excluir; então Cristo envolveu-me com seu manto:

Manto é aquela capa: que aquece, que tem pompa, que abriga, que protege, que oculta, mas que também ressalta a nobreza de quem a traja.

  • manto de luz, manto de amor, manto de misericórdia.
Cristo aproximou-se de mim - e tornei-me passiva;
· Cristo envolveu-me – e deixei envolver-me;
· e, Cristo assumiu-me – e deixei fluir;
· e então, Cristo iluminou-me – e deixei saciar;
· e também, Cristo amou-me - e tornei-me receptiva.
Na minha precariedade humana - Ele assumiu-me por inteiro. Na exclusão do templo de pedra – Ele veio morar no templo do meu coração.

Na exclusão da “egrégora igreja” (egrégora = reunião de pessoas em torno de um objetivo comum). – Ele segredou a quem quisesse entender: “Por isso elas vos precederão no reino dos céus”.

Na calúnia e na mentira – Ele vivificou no meu intelecto: Bem-aventurados sois:
  • Felizes vós quando vos injuriarem e vos perseguirem e vos caluniarem de tudo por minha causa. Ficai contentes e alegres, pois vosso prêmio no céu é abundante. Mt 5,11.
Nas dúvidas - Ele assegurou-me: Alguém terá que morrer para gerar vida:

  • Eu fui traído, negado, perseguido, condenado - e quando ressuscitado, duvidaram de mim...
  • esta hora é sua. – Eu estarei sempre com você.
Não é a igreja de pedra que salva – se salvam aquelas almas que são igreja e que o altar de seu templo é o coração – Eu quero morar e viver soberano no templo do teu coração.
  • Não importa a solidão e a expulsão.
  • Importa a intimidade e a acolhida que te proporciono.
  • Importa que me escutes - amo almas diletas do meu peito, elas são minhas e eu sou delas.
  • Possibilito que me conheçam porque eu já as conhecia desde o ventre materno.
Cristo sussurrou: “Não se preocupe com o muito, com o pouco, com o nada - missão é missão. Faz parte de um todo – do meu tudo.
  • Eu sou o “todo” e preciso de missionários: Pedro, Paulo, Tomaz de Aquino, Agostinho, Paulo da Cruz, Teresa de Lisieux, e tantos outros... Cada um, a seu modo e no meu tempo - a meu inteiro serviço na própria, especial e individual missão.

Todo discípulo após doação ágape no gólgota, só então e depois, ressuscitará comigo.

São Paulo da Cruz penetrou profundamente nos segredos da humildade. Em uma das luzes que Paulo da Cruz , olvidou como sopro divino assim Cristo o acalenta:
  • Quando “te lançares em espírito aos pés de todas as criaturas, e até dos demônios, então mais me agradarás”(SãoPauloDaCruz).
Confesso que fiquei três noites sem dormir quando li: “até ao pé do demônio”.
  • Demônio - é o anti Cristo – todo aquele que se testemunha contra Cristo: nas suas palavras, nas suas ações, nos seus julgamentos, nas suas decisões.
Compreendi que quando o ser desce até as profundezas do inferno, até ao pés dos demônios, eleva-o Deus até o paraíso.
  • Compreendi que o expulsador é o próprio anti-Cristo, está investido de poder,se testemunha contra aquele a quem deve a escolha, o poder, a fidelidade: Pedros negam, Tomés duvidam e Judas traem.
Neste momento Deus assume o comando, se manifesta, revela seus segredos.
  • Eu estarei convosco sempre, até o fim do mundo (Mt 28,20).
É preciso viver e agir nesse tempo com a certeza de que Jesus, não obstante ir-se embora, fica conosco. Emanuel era Deus conosco na história do povo eleito. Agora é Jesus glorificado com sua Igreja para sempre.

A paixão do Ressuscitado é marcadamente doação – amor - e, maiormente missão de vida. Na perseverança da missão a doação extrema de Cristo gera vida e vida abundante.
O manto de Cristo é
  • a graça e poder que emana d`Ele e me cobre e envolve penetrando e perpassando indo hospedar-se soberano no âmago do meu ser, na minha alma.
O manto de Cristo é

  • incorruptível: O ser carece estar receptivo à dádiva divina.

O manto de Cristo é
  • o todo de Deus que o ser vivencia. É a experiência de Deus que envolve o ser e o transmuta no experienciado. Deus deixa-se perceber, ser percebido na sensação de plenitude.

  • O ser sente-se pleno, completo, contudo cumpra-se a tua vontade ... Pai em tuas mão entrego meu espírito... Adormece em Deus e com Ele também ressuscitará em Cristo.
Ressuscitados em Cristo já não nos pertencemos mais. O ser não mais se pertence, é propriedade da Trindade que quer manifestar-se, quer servir-se, quer estar presente nele para e através dele ser manifestado ao mundo.